domingo, abril 30, 2006

Esteira da Montanha


Se Alguém te procurar...
Com frio... É porque tens o cobertor.
Com alegria... É porque tens o sorriso.
Com lágrimas... É porque tens o lenço.
Com versos... É porque tens a música.
Com dor... É porque tens o curativo.
Com beijos... É porque tens o mel.
Com dúvidas... É porque tens o caminho.
Com desânimo... É porque tens o estimulo.
Com fantasias... É porque tens a realidade.
Com desespero... É porque tens a Serenidade.
Com entusiasmo... É porque tens o brilho.
Com segredos... É porque tens a cumplicidade.
Com tumulto... É porque tens a calma.
Com confiança... É porque tens a força.
Com medo... É porque tens o AMOR!!!

Ninguém chega até ti por acaso..

segunda-feira, abril 24, 2006

Epitáfio

Devia ter amado mais, ter chorado mais
Ter visto o sol nascer
Devia ter arriscado mais e até errado mais
Ter feito o que eu queria fazer
Queria ter aceitado as pessoas como elas são
Cada um sabe a alegria e a dor que traz no coração

O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar distraído
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar

Devia ter complicado menos, trabalhado menos
Ter visto o sol se pôr
Devia ter me importado menos com problemas pequenos
Ter morrido de amor
Queria ter aceitado a vida como ela é
A cada um cabe alegrias e a tristeza que vier

O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar distraído
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar...

Devia ter complicado menos
Trabalhado menos

"Musica do Tim"

domingo, abril 23, 2006

Depois de 50 anos ... ainda a Amor !!!


A 50 anos atrás no dia 21 de Abril de 1954 duas pessoas uniram-se para nunca mais se separarem... Nesse dia talvez eles não soubessem o que a vida lhes reservaria ... tiveram alegrias, tristezas, emoções ... passaram por coisas boas por coisas más .... e 50 anos depois celebraram novamente a união e o amor que os une ....
Sem eles e sem o amor deles hoje não estaria a escrever neste blog ..nem a minha irmã lhes teria dado duas netas de que eles tanto gostam...

Talvez o mundo continuasse igual mas de certeza que aquele momento significou o melhor momento da vida deles que eles ainda recordam com tanto carinho, até a recordação da chuva que caiu no dia anterior e que 50 anos depois também se repetiu....

Hoje como a 50 anos estiveram com a família e com os amigos ... infelizmente alguns como os meus avôs já não estiveram ... mas estiveram os filhos, afilhados, sobrinhos e amigos... na eterna renovação da vida....

Muitos parabéns e Obrigado por tudo ... e, que continuem juntos por muitos muitos anos....



sexta-feira, abril 21, 2006

Quis o destino que nos vissemos
diferentes caminhos da vida
Obriga-nos a virar de costas
seguimos em frente
Quis o destino que não te veja mais
mas nem ele pode querer
Que a saudade não venha
Essa é toda minha, é toda tua

quinta-feira, abril 20, 2006

Medos ..... brrrrrr !!!!!!!


A pezinhos de cetim, desafiou-me nesta corrente a contar os meus medos ...
Já estive a pensar neles e, sendo alguns medos, outros são receios que não posso considerar medos mas situações que no dia em que as enfrente ainda não sei muito bem como vou reagir ...
Ai vão eles:
- Medo de perder as pessoas de quem mais gosto, a começar pelos meus Pais, família e pessoas especiais e a acabar nos meus bichanos... acho que este é um receio que todos temos...
- Medo de encontrar alguma situação profissional que não seja capaz de resolver e possa prejudicar terceiros ....
- Medo de não conseguir encontrar o meu caminho nesta passagem por esta vida .. e ter de regressar pra refazer tudo ....
- Medo de já ter perdido alguém "especial" por não me ter apercebido da situação ou não ter lutado com todas as forças ...
- Medo de morrer ....
- Mais duas coisas que não sendo medos ... mas detesto ... animais viscosos e de algum dia me dar qualquer coisa mesmo ruim e deixar de gostar do Glorioso... eh eh :)

De resto sendo Touro e tendo como principal característica a teimosia .. alias referenciada por quase todas as pessoas que me conhecem ... normalmente tento dar o máximo de luta a estes medos e receios ... e chateá-los até que passem....

Vou passar esta cadeia a nicka ...

quarta-feira, abril 19, 2006

Amor !!!




Quando encontrares alguem e esse alguém fizer o teu coração parar de funcionar por alguns segundos, presta atenção: pode ser a pessoa mais importante da tua vida.

Se os olhares se cruzarem e, neste momento, houver o mesmo brilho intenso entre eles, fica alerta: pode ser a pessoa que tu estás à espera desde o dia em que nasceste.

Se o toque dos lábios for intenso, se o beijo for apaixonante, e os olhos se encherem de água nesse momento, percebe: existe algo magico entre voçes. Se o 1º e o último pensamento do teu dia for essa pessoa, se a vontade de ficar juntos chegar a apertar o coração, agradece: Algo do céu te mandou um presente divino: O AMOR.

Se um dia tiverem de pedir perdão um ao outro por algum motivo e, em troca receberes um abraço, um sorriso, um afago no cabelo e os gestos valerem mais de mil palavras, entega-te: voçes foram feitos um pro outro.

Se por algum motivo estiveres triste, se a vida te deu uma rasteira e a outra pessoa sofrer o teu sofrimento, chorar as tuas lágrimas e enxugá-las com ternura: poderás contar com ela em qualquer momento da tua vida.

Se conseguires, em pensamento, sentir o cheiro da pessoa como se ela estivesse ali do teu lado ... Se achares a pessoa maravilhosamente linda, mesmo ela estando de pijama velho, chinelos de dedo e cabelos emaranhados...

Se não ocnseguires trabalhar direito o dia todo, ansioso pelo encontro que está marcado para a noite ...

Se não consegues imaginar, de maneira alguma, um futuro sem a pessoa ao teu lado ...

Se tiveres a certeza que irás ver a outra envelhecendo... e, mesmo assim, tiveres a convicção que vais continuar sendo louco por ela ...

Se preferires fechar os olhos, antes de ver a outra partindo: é o AMOR que chegou na tua vida.

Muitas pessoas apixonam-se muitas vezes na vida, mas poucas amam ou encontram um amor verdadeiro.
Às vezes encontram e, por não prestarem atenção nestes sinais, deixam o Amor passar, sem deixa-lo acontecer verdadeiramente. É o livre-arbitrio

Por isso presta atenção oas sinais.
Não deixes que as loucuras do dia a dia te deixem cego para a melhor coisa da vida: O AMOR !!! ama muito ... muitissimo ...

"Carlos Drumond de Andrade"

terça-feira, abril 11, 2006



Só se vive uma vez ...
A vida é um presente diário, do qual não nos podemos esquecer...
O choro pode durar uma noite,
mas a alegria virá com o nascer de um novo dia...

sábado, abril 08, 2006

Este primeiro post é dedicado a alguem especial... alguem que entre muitas coisas boas me iniciou nisto dos blogs ... joka grande

"O Romance das Ilhas Encantadas"
Que, embora poucas vezes alguém navegasse ao largo, um ou outro navegante avistava, de longe em longe, algumas ilhas no Atlântico. Sabia-se até que São Brandão, um santo navegador, embarcara na Irlanda com setenta e cinco monges e que, apanhado numa tempestade, fora levado por ventos misteriosos até abordar uma dessas ilhas, na qual ficava o paraíso.

Anos mais tarde, quando os mouros conquistaram aos cristãos as terras que hoje constituem Espanha e Portugal, sete bispos partiram de barco da região onde é hoje o Porto, com os seus fiéis, e navegaram para Ocidente durante muito tempo, conseguindo abordar algumas das ilhas. Quando lá chegaram, queimaram os navios para que os seus homens não voltassem, e um bispo que conhecia as artes mágicas, encantou as ilhas para que ninguém as descobrisse, enquanto os mouros não tivessem sido expulsos da Península Ibérica. Porém, se alguém casasse com uma mulher marinha, os seus filhos, por herança da mãe, também as poderiam desencantar.

Daí em diante os mouros diziam que para Ocidente havia tanta escuridão que era impossível seguir para além. Só alguns cristãos sabiam que as ilhas existiam e nelas era sempre Primavera: as árvores estavam cobertas de frutos, havia muitas aves e o clima era ameno; outras tinham cidades fabulosas, com muitos palácios e riquezas (a ilha das Sete Cidades). No entanto, se algum marinheiro lá chegava perto, levado pelo acaso, não conseguia mais do que entrevê-las, pois logo um vento irresistível o atirava na direcção contrária, um nevoeiro se interpunha ou simplesmente a ilha se desvanecia como fumo.

Por isso chamavam-lhes as Ilhas Encantadas ou Perdidas, e todos ardiam no desejo de as encontrar.
Muito mais tarde, quando D. Afonso Henriques andava a conquistar as terras aos mouros, havia um nobre chamado D. João Froiaz, que vivia no Minho, num belo castelo ao pé do mar. Gostava muito de caçadas e montarias e nelas ocupava grande parte do seu tempo.

Certa manhã partiu com os seus homens para a caça, como habitualmente. Dirigiu-se para a foz de um ribeiro, na esperança de aí encontrar algum veado a matar a sede. Mas o que viu deixou-o espantado: no ponto onde as águas do mar e do rio se encontravam estava uma linda mulher marinha, de cabelos soltos e mal coberta por um vestido de algas. Dormia tranquilamente, gozando o sossego da manhã, com a cabeça apoiada nas plantas da margem.
D. Froiaz estava decidido a apanhá-la e por isso mandou os seus homens pararem. Com pezinhos de lã dirigiu-se para a mulher, mas ela deu pela sua presença e desatou a correr para o mar. Não chegou a tempo, pois o cavaleiro agarrou-a antes. Ela esbracejava e debatia-se, mas nem uma palavra dizia.
O fidalgo levou-a para o seu castelo, apaixonou-se por ela, baptizou-a com o nome de Marinha e casou com ela. E, com medo que ela fugisse para o mar, levou-a para outro castelo nas montanhas.

D. Marinha andava sempre a suspirar com as saudades do mar, embora o seu marido a tratasse com muito carinho e a rodeasse com delicadezas e cuidados, e continuava a não falar.
Entretanto já tinham filhos e D. Froiaz, cujo único desgosto era o silêncio da mulher, um dia armou uma grande fogueira, pegou no filho mais novo e fingiu que o arremessava para o lume. A mãe, numa grande angústia, gritou, tentando impedir o marido:
__ Ai, o meu filho!
D. Froiaz, eufórico, entregou-lhe a criança e disse que tudo tinha sido um estratagema para que ela falasse.
Depois disto D. Marinha ficou totalmente humana, e por isso puderam voltar para o castelo à beira-mar.
Aí os filhos, os Marinhos, ocupavam grande parte do seu tempo na praia a explorar grutas e reentrâncias da costa ou a nadar pelo mar dentro.

Uma vez D. Froiaz deixou escapar por distracção o filho mais novo, que trepou a uma rocha e foi levado por uma onda, que o arrastou para longe da praia. Louco de aflição, o pai já se preparava para se atirar à água, embora não soubesse nadar, quando uma coisa extraordinária aconteceu: o mar acalmou de súbito e uma onda enorme, como uma grande mão, veio depor a criança suavemente sobre a areia.

Quanto mais cresciam mais se notava que os filhos de D. Froiaz e D. Marinha eram netos do Mar: escutavam as histórias do oceano nos grandes búzios que apanhavam na praia, ouviam e falavam com as ondas, conheciam os segredos do mar como ninguém. E, quando cresceram, ganharam fama de serem os melhores mareantes do seu tempo.
O mais novo dos Marinhos, Machico, ouvira falar das ilhas encantadas e de que numa delas encontrara São Brandão o paraíso. Aprestou uma barca de mantimentos e aparelhos e partiu com alguns companheiros.
Quatro ou cinco dias depois de seguir pela rota que lhe haviam ensinado viu no horizonte nuvens que pousavam sobre o mar, sinal de terra próxima. Quanto mais se aproximavam, mais a névoa se adensava e ouviam-se estrondos enormes. Os marinheiros, cheios de medo, pensaram que ali era a entrada para o Inferno e pediram a Machico que voltasse para trás.

Mas de súbito, o nevoeiro descerrou-se e viu-se um espectáculo belíssimo: as rochas erguiam-se a pique sobre o mar; bosques de grandes e belas árvores desciam até à água; mais adiante estendiam-se montes que pareciam não acabar e um suave perfume espalhava-se no ar. Machico, perante o esplendor da ilha, convenceu-se que tinha chegado ao paraíso de São Brandão e, como a terra era toda coberta de florestas, chamou-lhe a ilha da Madeira.
Muito mais tarde, o Infante D. Henrique, filho do rei D. João I, que se interessava muito pelas coisas do mar, teve conhecimento da viagem do Machico por algum dos descendentes dos Marinhos, que nesse tempo já eram muitos. O Infante D. Henrique juntou, então, os Marinhos mais marinheiros que havia em Portugal no cabo de São Vicente e, uns com os outros e com os astrólogos que o Infante chamou, tornaram-se invencíveis na arte de domar as ondas. Da costa algarvia partiram a descobrir os segredos dos mares.

Uma das expedições do Infante conseguiu, apesar dos ventos e dos nevoeiros que dificultavam o caminho, chegar a outra das ilhas encantadas __ a Ilha das Sete Cidades __ onde encontraram os palácios e as riquezas de que falavam as lendas.
Ainda hoje existe nessa ilha, que agora se chama São Miguel, um lugar maravilhoso com aquele antigo nome __ Sete Cidades __ onde há uma lagoa, metade verde e metade azul, no fundo de uma cratera, rodeada de vegetação riquíssima.